Conhecimento do enfermeiro em protocolo sepse na unidade de terapia intensiva

Autores

  • Desyrré Gabrielly Marques Gondim Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes
  • Brena Lima Teixeira Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSRH)
  • Carla Monique Lopes Mourão
  • Isabelle Cerqueira Sousa

DOI:

https://doi.org/10.59483/rfpp.v4n2111

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva, Sepse, Assistência Centrada no Paciente, Choque séptico

Resumo

A sepse é uma condição grave definida como disfunção orgânica letal causada por uma resposta desregulada do corpo a uma infecção, representando um problema significativo de saúde pública global devido às altas taxas de morbidade e mortalidade, além de gerar elevados custos hospitalares por exigir longas internações em UTI. A enfermagem desempenha papel crucial no manejo do protocolo clínico de sepse, estando diretamente envolvida no cuidado contínuo ao paciente. Objetivo: investigar o conhecimento dos enfermeiros na identificação precoce de sinais e sintomas no ato da abertura do Protocolo Sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva. Materiais e métodos:  natureza descritiva, exploratória e quali-quantitativa, realizado de janeiro a maio de 2022 em Fortaleza, Ceará, utilizando um questionário na plataforma Google Forms que abordou dados sociodemográficos e o conhecimento dos enfermeiros sobre sepse, respeitando os critérios da resolução 466/12. Resultados:  os enfermeiros possuem conhecimento limitado sobre os sinais iniciais de sepse e uma notável falta de autonomia para iniciar protocolos de tratamento da condição. Além disso, muitas instituições públicas de saúde não adotam o protocolo de sepse devidamente. Foi destacada a escassez de programas de educação permanente, crucial para o manejo adequado da antibioticoterapia na sepse. Conclusão: há necessidade de maior conhecimento e autonomia dos enfermeiros no gerenciamento da sepse, além de evidenciar os desafios enfrentados para a implementação efetiva de protocolos, que muitas vezes são interrompidos por fatores como a ausência de protocolos nas instituições e demora no acionamento de serviços necessários.

Biografia do Autor

Desyrré Gabrielly Marques Gondim, Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes

Enfermeira do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes

Brena Lima Teixeira, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSRH)

Enfermeira especialista em Urgência e Emergência-EBSERH

Carla Monique Lopes Mourão

Doutora em Enfermagem.

Isabelle Cerqueira Sousa

Doutora em Saúde Coletiva.

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Publicado

25-06-2024

Como Citar

1.
Gondim DGM, Teixeira BL, Mourão CML, Sousa IC. Conhecimento do enfermeiro em protocolo sepse na unidade de terapia intensiva. RFPP [Internet]. 25º de junho de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];4(2). Disponível em: https://revistadeodontologia.facpp.edu.br/index.php/rfpp/article/view/111

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